terça-feira, 26 de janeiro de 2010
ANDANDO SOBRE AS ÁGUAS
Mateus 14
Certa vez, Jesus mandou que seus discípulos fossem adiante dele para o outro lado do Mar da Galiléia. Então, o Mestre despediu a multidão e foi ao monte orar (Mateus 14.22). Em princípio, esta não seria uma situação complicada para os 12, porque alguns deles eram pescadores experientes e sabiam navegar muito bem. Além disso, a visibilidade era boa, pois o dia ainda estava claro. Certamente, poderiam atravessar o mar sem que Jesus estivesse com eles.
O início da viagem parece ter sido tranqüilo. Contudo, o tempo passou e a tarde chegou (14.23). De repente, começou uma ventania e o mar ficou bravio (14.24). A noite caiu e eles não conseguiam chegar ao outro lado. Já estavam no meio do mar, mas o vento contrário não os deixava avançar. Viram-se então em apuros, em perigo, correndo risco de naufrágio e morte.
Podemos comparar esta cena às nossas vidas ou algum momento vivido. Temos tantos alvos, propósitos, objetivos. Queremos chegar a algum lugar, alcançar a concretização dos nossos sonhos e projetos. No primeiro momento, pensamos que conseguiremos sozinhos, por conta própria. Afinal, somos fortes, capazes e experientes. Sabemos aonde vamos. Conhecemos a rota, os remos, as velas e a maré. Entretanto, o tempo passa e a tempestade vem. A noite chega e os ventos se tornam contrários. Os impedimentos se multiplicam e muitas forças querem nos impelir na contramão dos nossos planos. Quando procuramos a ajuda dos nossos amigos, vemos que todos estão no mesmo barco e na mesma dificuldade.
No meio do mar revolto, os discípulos perderam o controle da embarcação, que era arremessada pelas ondas de um lado para o outro. Porém, o texto nos diz que, na quarta vigília da noite, depois das 3 horas da madrugada, Jesus foi até eles (Mt.14.25). O Mestre não os abandonou. Vemos naquele versículo a manifestação da misericórdia divina. Todavia, eles podem ter questionado: por quê Jesus demorou tanto? Nossa idéia de tempo é diferente da idéia que Deus tem.
(*) Continua amanhã!
Por Anisio Renato de Andrade