sábado, 23 de outubro de 2010

LIÇÃO 02

A Oração no Antigo Testamento


TEXTO ÁUREO


“Então, os sacerdotes e os levitas se levantaram e abençoaram o povo; e a sua voz foi ouvida, porque a sua oração chegou até à sua santa habitação, aos céus”
(2 Cr 30.27).


VERDADE PRÁTICA

Assim como hoje, a oração no Antigo Testamento era um canal permanente de comunicação entre Deus e o seu povo.

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Gn 1.28
O primeiro registro de comunicação entre Deus e o homem

Terça - Gn 4.26
A oração em o nome do Senhor inicia com Sete e seu filho

Quarta -Gn 18.23-33
Abraão intercede a Deus pelo povo

Quinta -Êx 8.30,31
Moisés orou, e Deus lhe respondeu

Sexta - Sl 34.6
Moisés orou, e Deus lhe respondeu

Sábado -Jr 15.15-18,20
Jeremias, o profeta, é consolado na oração a Deus

LEITURA BÍBLICA

1 Reis 18.31-39

INTERAÇÃO

Na lição de hoje veremos que a oração está entre as mais antigas práticas da humanidade.
O primeiro registro de oração no Antigo Testamento encontra-se no livro de Gênesis. Porém, o tema oração permanece em evidência até o livro de Malaquias. A prática da oração está presente em todas as religiões. Todavia, entre todas as criaturas do Senhor, somente o homem tem o privilégio de orar.
A oração é o elo entre o Criador e a sua principal criação: o homem. Já no Antigo Testamento podemos notar que a oração sempre esteve presente na vida de homens e mulheres que possuíam intimidade com o Todo-Poderoso.


OBJETIVOS

Descrever a oração no Pentateuco, e nos livros Proféticos e Poéticos.

Explicar o desenvolvimento da oração no Antigo Testamento

Conscientizar-se de que a oração é o elo entre Deus e o homem.


A ORAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO

Período Patriarcal

Adão - Comunicação entre Deus e Adão (Gn 1.28); Sete - (Gn 4.26.); Enoque - A comunhão de Enoque com Deus (Gn 5.2); Nóe - (Gn 6.9,13;7.1); Abraão - (Gn 13.4;18.23-33); Isaque - (Gn 25.21; cf. 26.24,25); Jacó - (Gn 28.20-22); Jó - (Jó 40.3-5; 42.1-6); Moisés - (Êx 14.13-15; 32.10-14).

Período Monárquico

Saul - (1 Sm 14.35,37); Davi - Dependência de Deus (1 Sm 23.2, 4,10-12); em tempo de grandes bênçãos (2 Sm 7.18-22); em tempos de fracasso (2 Sm 12.16; 24.17; 1 Cr 21.26); como expressão de louvor (2 Sm 22.1); Salomão - oração humilde por sabedoria (1 Rs 3.5-9); renovação do pacto no Templo do Senhor (1 Rs 8.22-53); Reis posteriores - Asa (2 Cr 14.11); Josafá (2 Cr 20.3-13) Ezequias (2 Rs 19.15-19; Is 36 e 39).

Período Profético

Elias - Oração poderosa e eficaz (1 Rs 17.20-22); Elizeu - Restaurando vida (2 Rs 4.32-35); Isaías - (Is 6.5-11; 25.1-9; 26.3,7-9); Jeremias - (Jr 1.1-8; 3.22,33; 12.1-4; Lm 1.20-22); Ezequiel - (Ez 4.14; 9.8; 20.49); Daniel - (Dn 2.17,18; 9.4-10,13,16,18,19); Profetas posteriores - (Jl 1.19,20; Am 7.5; Jn 2.2-9; Hc 1.2-4; 3.2-6, 10-19).


COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

Estudar a respeito da oração no Antigo Testamento é ter contato com as origens deste imprescindível meio de relacionamento do homem com Deus. Nada se iguala à segurança de sabermos que o Senhor está no controle: Ele pode tudo, sabe tudo e tudo vê. O povo de Deus do Antigo Testamento tinha esta certeza, embora muitas vezes não vivesse de acordo com ela por se afastarem dEle. Nas principais divisões do cânon judaico, citadas por Jesus Cristo em Lucas 24.44, nota-se que a oração sempre foi uma prática das pessoas que possuíam intimidade com o Eterno Deus. Tendo em vista os seus exemplos, a presente lição mencionará algumas breves narrativas das Escrituras veterotestamentárias, sendo provenientes de cada uma das divisões em que o diálogo com Deus foi decisivo.

I. A ORAÇÃO NO PENTATEUCO

1.
A oração durante o Êxodo de Israel. Todo o relacionamento divino com Israel foi aprofundado pela experiência do Êxodo; antes, durante e após este. No deserto de Midiã, o Senhor ressaltou esta verdade: “Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. Portanto, desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel” (Êx 3.7b,8a).

2. A gratidão de Israel a Deus. O povo de Deus era feliz e agradecido ao Eterno Deus por ter sido liberto do jugo do Egito, da escravidão, do cativeiro, da aflição (Êx 14.30,31; Sl 105.37-43; 136.11-26). Após sair do Egito e sofrer a perseguição do exército de Faraó que acabou morto no Mar Vermelho, o povo de Israel, uma vez livre, exultou e agradeceu ao Senhor (Êx 15.1,2; Sl 136.10-16). Que tipo de adoração o crente eleva ao Senhor se estiver sempre em sua mente a grandíssima libertação operada em sua vida com a sua entrega ao Senhor Jesus, conversão e salvação? Tudo recebido pela graça e amor de Deus! Esse crente se prostrará agradecido diante daquEle que o livrou da escravidão do pecado e o tirou do reino das trevas para a sua maravilhosa luz e também testemunhará de Cristo para os outros.

3. O esquecimento e a ingratidão de Israel. O povo de Deus demonstrou ingratidão ao esquecer-se daquEle que o ajudou e também daquilo que dEle receberam. Em sua obstinada ingratidão, Israel mentiu ao afirmar que a comida que haviam deixado para trás, no Egito, era de “graça”, pois foi paga com o trabalho escravo (Nm 11.5). Israel foi ingrato e descuidado ao deixar o Egito com pessoas não crentes entre eles (Êx 12.38). A “mistura de gente” levou o povo ao declínio espiritual, levando a adoração a Deus a se transformar em murmuração e idolatria (Êx 15.23,24; 16.2-12; 17.2,3; 32.1-11; Nm 11.1-6; 14.1-4). O crente deve descansar nos propósitos de Deus e ser-Lhe grato por tudo (Rm 8.28; 1 Ts 5.18). Nesse aspecto, o texto paulino de 1 Coríntios 10.1-13 é um aviso de Deus para a igreja de hoje.

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

A oração durante o Êxodo de Israel pode ser dividida em: gratidão a Deus pela libertação da escravidão do Egito e ingratidão e esquecimento por deixar-se contaminar com outros povos.

II. A ORAÇÃO E OS PROFETAS

1. A oração como fator decisivo no ministério profético. A oração era o elo entre os profetas do Antigo Testamento e Deus. Por transmitir somente a verdade do Senhor, os porta-vozes de Deus não eram muito benquistos pela sociedade da época. Entretanto, as orações dos profetas mostram seu zelo pela Palavra de Deus, seus lamentos e advertências quando não eram ouvidos pelo povo. Muitos profetas exerceram seus ministérios em uma época em que os israelitas viviam uma vida espiritual apenas de aparência. Eles empenhavam-se em fazer com que o povo compreendesse que para Deus o que vale realmente é uma vida de compromisso com Ele, um culto real, uma adoração precedida da consagração, e não uma adoração de palavras vazias jogadas ao ar (Mq 6.6-8; Is 29.13; Am 5.10-15). Deus requer o mesmo dos seus filhos hoje (Tg 1.25-27). O crente em Jesus deve viver de forma compatível com a nova natureza que lhe foi gerada (Cl 3.1-17; Ef 4.17-32; 2 Pe 1.4-9).

2. O profeta Elias. A necessidade e o anseio de tornar Deus conhecido no meio do seu próprio povo, que estava envolvido com idolatria, motivou o profeta Elias a proferir uma das mais notáveis, destemidas e fervorosas orações do Antigo Testamento. Elias arriscou sua vida e demonstrou submissão, coragem e fé em Deus diante de todo o povo escolhido e dos profetas de Baal e Asera (quantos podem fazer isso abertamente como Elias nos dias atuais?) e orou, depositando toda sua confiança no Deus de Israel, pedindo fogo do céu, no que foi prontamente atendido. O Senhor foi glorificado no meio do povo, e a história de Israel mudou naquele dia (1 Rs 18.36-39).

3. O profeta Eliseu. Assim como Elias, Eliseu demonstrou ter uma vida de humildade e íntima comunhão com o Senhor. Sua vida de oração permitiu que tivesse uma profunda e ampla visão de mundo, algo que só os íntimos podem usufruir (2 Rs 6.8-23). Este relacionamento com o Senhor lhe dava a certeza de que suas orações seriam prontamente atendidas. Quanto mais o homem conhece a Deus e sua Palavra, mais suas orações estarão de acordo com a vontade divina e, portanto, mais e prontamente serão respondidas (Jo 15.7). Tal homem de Deus orava “no Espírito Santo” (Jd v.20; Ef 6.18).

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

As vidas de Elias e Eliseu confirmam a oração como elo entre os profetas do AT e Deus.

III. OS LIVROS POÉTICOS E A ORAÇÃO

1.
Jó. Este é um livro que mostra claramente o valor da adoração e da oração (Jó 1.5; 16.16,17; 42.8). Mesmo em meio às adversidades sofridas, Jó manteve-se fiel ao Senhor (1.20-22) e pôde experimentar grande vitória justamente no momento em que orava (42.10).

2. Salmos. Os Salmos expressam o relacionamento de Israel com Deus. Neles observamos a relação do homem com seu Criador: suas alegrias, tristezas, louvores, lamentações, súplicas e adorações são expressas por meio das mais diversas formas. Os vários tipos de salmos evidenciam que se pode expressar o estado da alma diante de Deus, pois os seus diferentes estados não precisam ser suprimidos na vida de um autêntico servo de Deus.

3. A experiência de Asafe. É praticamente impossível não se identificar, em algum momento de nossa vida, com os sentimentos expressados por Asafe no Salmo 73. Entretanto, precisamos, através da oração, “entrar no santuário de Deus” para, assim como o salmista, entender os propósitos do Senhor para nossas vidas.

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

Os livros poéticos de Jó e Salmos mostram o valor da oração e o relacionamento pessoal de Deus com o seu povo respectivamente.

CONCLUSÃO

Estudar a oração no Antigo Testamento leva o crente a aprimorar seu relacionamento e crescer em maturidade para com Deus. Homens do passado usufruíram de íntima comunhão com o Criador mediante a oração. Como seres humanos, nossas ansiedades e necessidades podem e devem ser colocadas diante daquEle que é o nosso Pai (Fp 4.6; 1 Pe 5.7).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI

Subsídio Teológico
“O livro dos Salmos é uma coletânea de poesia hebraica inspirada pelo Espírito Santo; descreve a adoração e as experiências espirituais do povo de Deus no Antigo Testamento. É a parte mais íntima e pessoal deste testamento, pois nos mostra como era o coração dos fiéis naquele tempo, e a sua comunhão com Deus.
Nos livros históricos da Bíblia, Deus fala acerca do homem; nos livros proféticos, Deus fala ao homem, e nos Salmos, o homem fala a Deus.
A alma do crente pode ser comparada a um órgão cujo executor é Deus. Nos Salmos, percebe-se como Deus toca todas as emoções da alma piedosa, produzindo cânticos de louvor, confissão, adoração, ações de graças, esperança e instrução. Até hoje, não foi achada linguagem melhor para que nós nos expressemos diante de Deus. As palavras dos Salmos são linguagem da alma” (PEARMAN, Myer. Salmos. Adorando a Deus com os Filhos de Israel. 5. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007, p. 5).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII

Subsídio Bibliológico
“No AT, a oração pode ser adequadamente descrita em termos dos grandes homens de Israel que aparecem muitas vezes como grandes intercessores perante Deus em nome do povo. Nessa função, eles manifestaram uma incrível coragem e persistência. Abraão implora a Deus pela pecadora Sodoma, insistindo de forma obstinada no número de justos pelos quais a cidade poderia ser poupada (Gn 18.22-33).
Jacó luta com o anjo (Gn 32.24-32), uma experiência que foi interpretada no próprio AT em termos de oração (Os 12.4).
Moisés pede para o seu nome ser apagado do livro da vida, se Deus não perdoar aqueles que adoraram o bezerro de ouro (Êx 32.31ss.; cf. Nm 14.13-19). As orações relativas à experiência do exílio são feitas com o mesmo espírito de intercessão, mas com uma ênfase maior na humildade, na confissão e no arrependimento; por exemplo, as orações de Daniel (Dn 9.3-19), Esdras (Ed 9.5-15) e Neemias (Ne 1.5-11). A grande oração da aliança expressa em Neemias 9.10 representa toda a história sagrada desde Abraão até Esdras com suas características de pecado, confissão, perdão, renovação, e votos de fidelidade à lei de Deus.
O livro dos Salmos é o livro de orações do AT, abrangendo todo tipo imaginável de oração – louvor, súplica, intercessão e ação de graças. [...] Nas orações penitenciais o justo torna-se mais consciente de seus pecados do que de seus inimigos externos, e suplica o perdão divino, muitas vezes com uma urgência idêntica e quase escatológica (por exemplo, Sl 32, 38, 51)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, p. 1420).


VOCABULÁRIO

Veterotestamentária: Relativo ao Antigo Testamento.
Benquisto: Bem-aceito; bem-visto.
Exator: Cobrador ou arrecador de impostos.


EXERCÍCIOS

1. Qual era o elo entre os profetas e Deus no Antigo Testamento?


2. O que as orações dos profetas revelavam?


3. De acordo com a lição, quais eram as necessidades e os anseios do profeta Elias?


4. O que podemos aprender sobre a oração no livro de Jó?


5. O que o livro de Salmos expressa?





Um Abraço de Seu Amigo Locutor Ev.marco do Programa Resgatando Vidas.

Bom Estudos!

Para Responder ás perguntas favor enviar para o e-mail

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