domingo, 24 de abril de 2011

O AMOR DE DEUS É A MARCA DO CRENTE


“O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” Jo 15.12

Sabemos que, de acordo com a Bíblia Sagrada, obras humanas não produzem salvação. No entanto, a mesma Bíblia afirma que, quando uma pessoa é salva, produzirá obras de salvação. Não é difícil entender que, se uma pessoa não tem obras de fé, ela não tem fé. Veja o que está escrito em Tiago 2.17,18: “Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé”.

Da mesma forma, se uma pessoa não tem obras de amor, ela não tem amor. Ora, Jesus disse: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros(Jo 13.35). Assim, todo discípulo tem o sinal do amor na sua vida.

Algumas pessoas confundem o fruto com os dons do Espírito Santo. Deus manifesta os dons do Seu Espírito quando quer, em quem quer e como quer; afinal, os dons são dEle. Logo, essas manifestações são intermitentes. Um profeta, por exemplo, não profetiza todos os dias, ou em todos os cultos, mas somente quando Deus lhe entrega a mensagem profética. O fruto do Espírito Santo, no entanto, deve ser produzido pelo crente em todo tempo. A manifestação do fruto deve ser contínua, pois, como verdadeiros seguidores de Cristo, não podemos parar de produzi-lo jamais.

A Palavra de Deus mostra quais são os “gomos” do fruto do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gl 5.22). Neste artigo, vamos estudar sobre o amor.

Em 1 João 4.10 temos uma bela definição de amor: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”. Em Romanos 5.7,8, também lemos “dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”. A partir desses textos, entendemos que o amor é uma ação de doação e renúncia. Quando amamos, nos doamos em favor dos outros sem que haja um motivo para isso. Deus doou seu Filho, para nos salvar, sem que houvéssemos feito qualquer coisa para merecê-lo. Pelo contrário, fizemos tudo para não merecer o presente da salvação que, por meio de Jesus, recebemos.

Jesus, sendo Deus, se fez homem, veio a esta terra e morreu na cruz por todos nós. Ele provou o seu amor. Desde então, Jesus nos convida a possuirmos esse mesmo amor; Ele pediu que amássemos aos outros como ele nos amou. O exemplo clássico de amor é uma mãe entregando a sua vida por um filho, mas Deus quer fazer-nos ir além desse amor humano.

Durante todo o período do Antigo Testamento, o mandamento de Deus era amá-lo acima de todas as coisas e amar ao nosso próximo como a nós mesmos. Todos deveriam amar ao seu próximo da mesma maneira que a si mesmos, no mesmo nível.

Mas o novo mandamento, deixado por Jesus, diz respeito a um amor maior: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (Jo 13.34). Esse amor tem duas características:

1) Doação incondicional e total, a ponto de amarmos mais ao nosso próximo do que a nós mesmos, estando dispostos a perdermos a vida em favor de alguém.

2) Deve ser dirigido a todos, inclusive aos nossos inimigos: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mt 5.44). Os nossos inimigos só nos dão motivos para os aborrecermos: eles nos odeiam, querem nos derrubar, nos caluniam... Mas Jesus nos disse para fazermos o que Ele fez. Nós éramos seus inimigos. Muitos de nós perseguiram os crentes, jogaram pedras nas igrejas, caluniaram os pastores. Mesmo assim, Ele entregou Sua vida por nós. Da mesma forma devemos agir agora com nossos inimigos.

Humanamente, isso é impossível e ilógico. Só conseguiremos amar nossos inimigos se nascermos de novo e recebermos a natureza de Deus. O ser humano, com sua natureza má e egocêntrica, jamais conseguirá, naturalmente, alcançar esse amor. Veja o que diz a Bíblia Sagrada sobre o tema:

“Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam. Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e, ao que tirar a tua capa, deixa-o levar também a túnica; dá a todo o que te pede; e, se alguém levar o que é teu, não entres em demanda. Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles. Se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa? Porque até os pecadores amam aos que os amam. Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, qual é a vossa recompensa? Até os pecadores fazem isso. E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, qual é a vossa recompensa? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para receberem outro tanto. Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus” (Lc 6.27-35).

Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo?” (Mt 5.46).

Se você faz o bem para alguém que também fez o bem para você, isso é normal no ser humano. Não é necessário ser crente para proceder com reciprocidade. Mas se alguém fala mal de você, te calunia, te odeia, te fere e você consegue amar a essa pessoa, então você nasceu de novo! Essa obra do amor em sua vida mostra que você realmente é um salvo.

O amor de Cristo nos impulsiona a tomarmos a decisão de estarmos com Ele. O amor de Deus por nós é tão grande, que não conseguimos resistir, e lhe entregamos nossas vidas. Não importa o que você era, Jesus foi atrás de você. Você não queria nada com Ele, mas Ele não desistiu de você, porque Ele te ama. Ele te cercou com seu maravilhoso amor, até você dizer sim para Ele. “Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram” (2 Co 5.14).

A pergunta que resta ainda é: como eu vou conseguir amar quem erra comigo? Existem dois fatores principais, que nos fazem amar sem hipocrisia até mesmo aos nossos inimigos:

1) A presença de Deus na nossa vida: Deus é amor, e quando Ele entra na nossa vida, passamos a amar. “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1 Jo 4.8). Para amar dessa forma, precisamos conhecer a Deus profundamente, ter intimidade com Ele.

2) O próprio amor de Deus por nós. Amamos quando sentimos o amor de Deus: “Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1 Jo 4.19).

É interessante salientar que o amor ao próximo não é uma opção, mas um mandamento. Devemos amar aos nossos irmãos, independentemente das suas falhas. Nosso amor deve ser livre de hipocrisia (Rm 12.9b). A hipocrisia é um desencontro entre a prática e o discurso. O amor não se faz com palavras; ele só pode ser traduzido pelas nossas obras.

O amor tudo suporta

"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará." 1 Co 13.1-8.

Conforme lemos, o amor tudo sofre e tudo suporta. Muitas vezes, temos dificuldades em aceitar as fraquezas dos nossos irmãos. Mas você já percebeu que os pais cuidam mais daquele filho que é fraquinho e doente? Da mesma forma, o Pai celestial cuida de uma forma especial daquele crente que é fraquinho, que tem maiores dificuldades. Por isso temos que compreender nossos irmãos que são mais fracos.

Acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição” Cl 3.14. Acima de tudo - de toda oratória, de toda liturgia, de todo o serviço - esteja o amor. Como vimos, de nada nos adianta darmos todos os nossos bens aos pobres, ou profetizarmos, ou entregarmos o nosso corpo para ser queimado; sem amor, nada disso tem valor diante de Deus. Se não fizermos tudo com amor, tudo o que fizermos será em vão, nada será aproveitado. Estaremos somente perdendo tempo. O gomo do amor é tão importante que envolve o próprio conhecimento de Deus. É a marca de Deus nas nossas vidas. Portanto, se você ainda não está produzindo este gomo do fruto do Espírito, é tempo de buscar um encontro com o Deus do amor.


Sala Nova da Rádio

SALA DE BATE PAPO DA RADIO RESGATANDO VIDAS

Instruções para mudar seu Nome na Sala de Bate Papo




MAPA DOS PAÍSES QUE ACESSAM O BLOG DA RÁDIO

Free counters!

Tawk.to


Site Meter

  © Blogger templates Palm by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP