"Antes, quando vocês não conheciam a Deus, eram escravos daqueles que, por natureza, não são deuses. Mas agora, conhecendo a Deus, ou melhor, sendo por Ele conhecidos, como é que estão voltando àqueles mesmos princípios elementares, fracos e sem poder? Querem ser escravizados por eles outra vez?"
Gálatas 4.8-9
A observação de Paulo sobre a nossa situação de conhecimento espiritual de Deus é extremamente necessária: muito mais do que nós conhecemos de Deus, Ele conhece de nós. E isso faz toda a diferença quando optamos por viver uma vida longe do Senhor, buscando em outras pessoas e coisas aquilo que só podemos receber do próprio Jesus, que é a salvação, a alegria infinda e a paz verdadeira.
A palavra que acabamos de ler nos diz que antes de conhecermos a Deus, servíamos aos que eram "rudimentos fracos e pobres" (ACF), isto é, coisas iniciais de natureza fraca (sem força, sem vigor, sem poder, sem autoridade, sem domínio) e pobres (sem nada ou quase nada a oferecer, desprovido, sem valor). Isso porque realmente não tínhamos outra opção. Não conhecíamos a Deus.
Conhecendo-O, hoje, porém, muitas pessoas ainda rejeitam Seus cuidados, Sua presença, Seu amor e perdão, sem os quais ninguém pode ser salvo, tampouco se sentir realizado. E permanecem querendo servir ao que é fraco e pobre.
Mas o amor do Senhor Deus é tão grande por nós, que Ele nos conheceu antes (Salmos 22.10; Isaías 44.24), e sabe nos compreender por inteiro. Como as alianças que firmamos podem ser rompidas a qualquer momento e por qualquer motivo, Deus Se encarregou de nos resguardar do mal de afastar-nos dEle para servirmos a outros deuses, e garantiu que a aliança não será quebrada se permanecermos em Cristo Jesus.
Nós somente conhecemos de Deus o que nos é permitido (1Coríntios 13.9) e se soubéssemos mais do que nos foi permitido saber, provavelmente enlouqueceríamos ou, na melhor das hipóteses, não compreenderíamos absolutamente nada (Romanos 11.33-36; Salmos 139.6).
Contudo, embora só Deus nos conheça por inteiro, aquilo que conhecemos de Deus é suficiente para recusarmos nos voltar a qualquer outro ser (porque tudo é rudimento fraco e pobre), e para nos convencer que não há alegria nem paz e nem salvação em outra pessoa, se não na pessoa de Deus, através de Jesus.
Nós temos a tendência de abandonar a Deus por qualquer motivo. Ele, porém, não abandona, mas permanece fiel (2Timóteo 2.13), porque Ele sim nos entende e conhece por completo.
