segunda-feira, 22 de outubro de 2012


O propósito de Daniel

O livro do profeta Daniel começa pela narrativa de uma situação terrível: Nabucodonozor conquistou Jerusalém e levou uma parte dos judeus para o exílio na Babilônia. Daniel estava entre os prisioneiros. Era um momento difícil em sua vida. Foi separado de sua família e levado cativo sem merecer. O cativeiro era uma questão nacional e não pessoal. O povo de Deus foi derrotado e os ímpios prevaleceram. Quem poderia entender tal situação?
Qual seria a reação daquele moço diante de tamanha adversidade? Ele poderia se revoltar contra Deus, tornando-se um questionador amargurado. Poderia ainda adotar uma postura de vingança contra o rei da Babilônia, a quem deveria servir. Outra decisão possível seria a de aproveitar os atrativos da capital do império, que deveriam ser muitos.
Nós também podemos enfrentar situações muito difíceis na vida, com ou sem merecimento. Quantos servos de Deus se encontram em tribulações, sofrendo perdas e dores. Diante de tudo isso, qual será a nossa reação?
Daniel escolheu uma vida de fidelidade ao Senhor, apesar de todas as circunstâncias, como está escrito: “Daniel, porém, propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia” (Dn 1.8). É fácil ser fiel quando tudo vai bem, mas é no meio da adversidade que a fidelidade tem maior valor.
Aquele jovem estabeleceu um firme propósito de santificação. Onde já se viu um prisioneiro recusar a comida do rei? Certamente, aquela mesa continha alimentos considerados imundos perante a lei de Moisés.
Todo servo de Deus precisa ter bons propósitos em sua vida. Um propósito não é apenas uma decisão referente a um fato isolado, mas um alvo com diversos fatos em seu caminho. Quem não tem um propósito poderá ser movido e levado pelos ventos. O propósito é como um motor que leva o barco, com força e velocidade rumo ao destino escolhido. Quem não tem propósito definido pode sentir grande dificuldade para decidir, ou pode tomar decisões incoerentes que variam conforme a circunstância e a conveniência.
Daniel estava determinado a fazer a vontade de Deus. Hoje, muitas pessoas querem determinar que Deus faça isso ou aquilo. Tal atitude é incoerente com o evangelho.
Atualmente, muitos fazem propósitos com Deus para ganharem coisas, mas o propósito do profeta foi no sentido de renunciar aos prazeres impuros. Aí está a essência da verdadeira espiritualidade. Temos muito a ganhar com a fé, mas algumas perdas também fazem parte do processo.
Daniel deixou belas lições para os cristãos, principalmente para os jovens. Por exemplo, o cristão solteiro deveria determinar em seu coração jamais casar-se com uma mulher ímpia. O cristão que é virgem deveria determinar manter seu estado até o casamento ou até a morte. Alguns ficarão escandalizados com tais afirmações, mas, afinal de contas, o cristianismo não é uma brincadeira. Se não tivermos propósitos firmes, seremos levados pelos ventos do mundanismo que podem conduzir ao inferno.
Na sequência da história de Daniel, ficou demonstrado que seus propósitos não caíram no esquecimento, mas produziram um modo de vida coerente, marcado pela oração (6.10), pelo jejum (10.2-3) e dedicação à palavra de Deus (9.2).
Quando temos um propósito com Deus e somos fiéis, descobrimos que ele também tem um propósito especial para nós.
Daniel e seus três amigos escolheram o caminho da renúncia (Dn 1.17) e Deus lhes abençoou de modo maravilhoso e sobrenatural (Dn 1.17), concedendo-lhes dons de inteligência, sabedoria, conhecimento, interpretação de sonhos e visões.
O servo de Deus que renuncia aos atrativos do mundo jamais ficará no prejuízo. Deus dá o que Nabucodonozor não pode dar e, sobretudo, nunca poderá tirar.
Foi depois de tudo isso que Daniel tornou-se um dos maiores profetas de todos os tempos. Seu ministério foi profético, escatológico, apocalíptico e messiânico. As visões tornaram-se rotina em sua vida (7.7,13). A segunda metade do seu livro é o “Apocalipse” do Antigo Testamento. Deus lhe deu a revelação do retorno dos judeus à sua terra. Ele viu também cenas dos últimos dias e teve a revelação da vida eterna (Dn 12.2), mas o mais importante: Daniel viu o Senhor Jesus descendo sobre as nuvens (Dn 7.13).
O profeta estava na Babilônia, mas sabia que aquele não era o seu lugar. Por isso, vivia como um servo de Deus, um cidadão dos céus. Nós também estamos neste mundo, mas sabemos que não somos daqui. Precisamos ter, portanto, propósitos celestiais. Se tirarmos os olhos da comida podre do pecado, também veremos o Senhor Jesus descendo do céu para nos buscar. Este é o resultado de uma vida de fé e fidelidade.

Deus nos abençõe.
Almira

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