terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O Jovem/Adolescente e a Solidão


Em um mundo tão povoado, onde em muitas cidades as pessoas vivem quase amontoadas, há milhares de seres humanos em completa solidão.
Cristiane é uma garota assim. Ela nasceu em uma cidade do interior de Minas Gerais e desde muito pequena vivenciou os problemas conjugais de seus pais.
O pai, um homem ausente e desinteressado pelo lar e pela própria filha, praticamente nunca assumiu o fato de ser casado.
Quando Cristiane completou quinze anos enfrentou a dor do penoso e inevitável processo de divórcio dos pais. Logo em seguida, mudou-se com sua mãe para outra cidade, mas levou com ela muitos sentimentos de tristeza, desesperança e solidão.
Sua mãe logo conseguiu um ótimo emprego, o que foi muito bom; mas ao chegar do colégio, Cristiane passava longas horas inteiramente só.
Todas essas circunstâncias transformaram a jovem em uma pessoa fechada, retraída, até o dia em que conheceu Francisco, um rapaz mais velho e experiente.
Ambos começaram a namorar e Cristiane passou novamente a sentir-se feliz, o que não acontecia há muito tempo.
Entretanto, depois que o namoro já estava firme, Francisco começou, incessantemente, a pedir uma prova mais real do amor da namorada. Segundo ele, ela só demonstraria o quanto o amava se concordasse em ter relações sexuais.
E foi assim que ela cedeu aos reclamos de Francisco, apesar de saber que estava fazendo algo errado. Para acalmar sua culpa, pensou nas amigas, para as quais era muito comum esse tipo de relacionamento.
Bem, Francisco obteve sua "prova de amor", o que não impediu de relacionar-se de forma semelhante com outras garotas, mesmo sabendo que magoaria profundamente Cristiane
Hoje ela continua só. Francisco ainda é seu namorado, mas ela não o tem verdadeiramente para si ou perto de is. A solidão, portanto, não a abandonou.
Solidão é o reconhecimento doloroso que inunda a vida de milhões de adolescentes e jovens, que não possuem um relacionamento significativo com outros.
De tempos em tempos, a solidão bate à porta de todos nós, mas jovens e adolescentes são um alvo fácil e frágil desse sentimento.
Para else, ela é devastadora, uma onda cósmica que consome seus pensamentos, suas energias.
Na adolescência, a necessidade de aceitação social da turma, está no auge.
Else não se consideram mais crianças e esforçam-se para ser independente dos pais, das famílias.
A ligação com aqueles que são de seu grupo é importantíssima e as pressões resultantes da luta por seu próprio espaço são muito fortes.
Tenho observado jovens que vivem em uma atmosfera familiar razoavelmente tranqüila, onde têm uma boa comunicação com seus pais, que são pessoas equilibradas, interessadas e ajustadas, mas mesmo assim sofrem de solidão porque não se relacionam com a turma.
CAUSAS
1. O Espírito da Época
Nossa atual obsessão pela eficiência, pelas conveniências e pela tecnologia têm inferiorizado as pessoas, causando sentimentos de inutilidade e falta de significado pois a máquina pode substituir o homem em muitas áreas.
O adolescente de hoje em dia não possui raízes profundas. A mobilidade da família brasileira, suas mudanças constantes, as separações e os divórcios cada vez mais freqüentes, provocam uma traumática ruptura de relacionamentos.
A urbanização massacrante gera medo e, por que não dizer, até quase um pavor de desconhecidos. O vizinho, em geral, é um estranho que deve ser evitado até que suas reais intenções sejam conhecidas.
Os jovens andam por aí, alienados com Walkman em seus ouvidos ou com um mini vídeo-game em suas mãos, isolando-se mais e mais, incentivados pelos modismos da atualidade. A TV, sempre batalhando para sofisticar-se e liberalizar-se ainda mais, oferece dezenas de opções para todos os gostos, trancafiando garotos e garotas em suas casas durante horas seguidas.
Parece-me que centenas de adolescentes relacionam-se maravilho-samente bem com a tela de um computador em detrimento a olhar nos olhos das pessoas para curtir um bate-papo positivo, construtivo e saudável.
A sociedade tem perdido fontes de relacionamento que muitos anos atrás ajudaram o jovem a formar e manter amizades. Hoje, além de precisar lidar com os questionamentos e sentimentos normais que caracterizam essa fase de transição de suas vidas, else têm que aprender a enfrentar a solidão.

Continua....
Pr. Jaime Kemp

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